5.12.09

10 anos, 10 birras... mutantes!

Como prometido há uns posts atrás, começamos hoje a publicar diferentes top tens alusivos à planta. Começamos pelo melhor! 10 anos de birras mutantes! Confesso a minha dificuldade em reduzir a lista para apenas 10... mas vou tentar. Ei-las, sem nenhuma ordem especial:

VOCÊS SABEM O QUE É O LIXO?
Esta passou-se no concerto de Carnaval em Loulé, no Convento, em 2009. Depois do dito, estávamos nós, mutantes, after-hours no Bafo de Baco, e eis que chega BV, com cara de poucos amigos: «Estive uma data de tempo à procura da mochila e fui encontrá-la no lixo!». Foi difícil conter o riso - pelo menos para mim, para o Rato e para o Navarro. Então, o BV, talvez tomando isso como sinal de ignorância, contra-atacou: «Vocês sabem o que é o lixo?!». Sublime.

ISTO NÃO É LUNA PARK!
Mais uma vez, BV como protagonista (começo a pensar se não seria mais proveitoso fazer um top ten só com ele...). Romanov chama a atenção ao nosso protagonista no que diz respeito aos tempos de uma música. Resposta pronta: «Não tenho tempo para ti (olhar de desdém)». E logo de seguida: «Isto não é Luna Park! (alusão à banda de originais do Romanov, que por sinal se chama... Luna Lake!)». E a noite acabou com uma longa conversa... com várias outras frases míticas à mistura...

NAVARRRRRINHOOOOOOO!
Esta também inclui, indirectamente, o BV - e o Rato, a Mónica e, sobretudo, o Navarro, nosso VJ mutante. O episódio é recorrente nos concertos e prende-se com as insistentes birras entre Navarro e BV («Eu é que quero tocar esta música no baixo», etc. etc.) ou entre Navarro e Rato (essas nem eu consigo perceber muito bem o motivo... mas que elas existem, existem!). E claro, durante as mesmas, a sempre pronta defesa da Mónica do seu... Navarriiiinhóóó!

FUMADORES?! VÃO TODOS PRÓ C******!
Eu compreendo, como não fumador que sou, a chatice que é, por vezes, estar em espaços pequenos com fumo. Mas daí a, no meio de um concerto, sair da bateria, ir até à frente do palco e, ao microfone, em pleno silêncio e com a casa cheia, dizer:«Fumadores... vão todos pró... (silêncio de suspense...,) C******! (e, a ajudar, o reconhecível gesto com o dedo do meio...) - como fez o Bateur Solitaire num concerto no Bafo de Baco - vai um grande (gigante, diria Elohin!) passo...

JÁ NÃO CARREGO MAIS NADA... ATÉ AO PRÓXIMO CONCERTO!
Esta também é recorrente: no final de cada concerto, Cheff a carregar material e a amuar de seguida: «é a última vez que carrego coisas!». E, duas semanas depois, no concerto seguinte, a mesma coisa... over and over again. Aliás, é mítica, também, a «lista do Cheff»: uma página a indicar quem deve carregar o quê, no final de cada concerto... lista que, evidentemente, só foi cumprida uma vez...

AMUEI E FUI PARA PORTIMÃO!
Imaginem: em pleno endurance de concertos de Carnaval, recebo uma chamada do Rato a dizer: «O Migas chateou-se connosco e foi para Portimão!». E íamos ter concerto perto de Loulé daí a umas horas... Lá andei eu a tentar resolver tudo por telefone; a avisar os outros; até a tentar prever um set list de músicas para tocar sem o Migas... enfim, conseguiram enganar-me até dar de caras com o Migas, horas depois, a rir-se... Mas (e aqui vem o moral da história), quem ri por último, ri melhor: no dia seguinte, o Migas estava afónico e o set que fizera antes acabou mesmo por ser utilizado... Elohin castiga!

QUEM TRAMOU... CAPELLA?
Imaginem que, para resolver as chatices de carregar um pesado amplificador de um lado para o outro, compram um pequeno. E bom. E com um nome giro:«Tiny Terror». Imaginem que gostam muito dele (como de qualquer coisa nova) e que o tratam como se uma namorada fosse. Imaginaram bem? Então agora acrescentem, no dia de estreia, esse amplificador cair, de uma altura considerável, para o chão. Imaginam a reacção do dono desse amplificador? Capella não esteve por menos: olhou furiosamente para todos, culpou cada um em particular e a banda em geral, abandonou o palco (felizmente, estávamos na penúltima música) e, cinco minutos depois, estava no carro, pronto para ir para casa. E, com tudo isto, ficou um mistério no ar: quem tramou o Capella?

TOCAR SAXOFONE? SÓ SE FOR JAZZ...
E por falar em Capella... vocês imaginam as conversas, pressões e chantagens emocionais que é preciso para pôr o Capella a tocar saxofone em La Plante Mutante? Gasta quase tanta energia como para o convencer a ensaiar ou a arrumar as coisas... mas, claro, se for qualquer outra banda de jazz, reagge, música ligeira ou simples jam de bar... para isso, podem contar com o som quente do sax tenor! Caprichos de artista...

SÓ TOCO ESSA SE ELE TOCAR AQUELA
Tocar nos La Plante Mutante é estar em permanente negociação, mais renhida que num qualquer escritório de Wall Street. Todos têm os seus amuos no que toca a músicas: a Mónica não canta o «Não sejas mau p'ra mim» enquanto o Capella não a souber tocar (o que significa, na prática, que não mais iremos tocar a música...); o Cheff não canta o «Nikita» desde a triste figura que fez em Loulé; o Capella não canta o «Final Countdown» porque diz que não consegue; o Migas a mesma coisa em relação ao «Wild Boys»... e por aí adiante. Só ouvimos alguma destas músicas em concerto quando há intensa negociação de bastidores...

JANTAR FATÍDICO
A hora do jantar é, para os La Plante Mutante, sagrada. De tal forma, que muda o comportamento de alguns: o Rato torna-se extremamente agressivo; o Migas fica carrancudo quando atrasamos a refeição muito tempo... isto para não falar nas conversas acesas e nas consequências que o vinho bebido durante o jantar tem, depois, nos concertos. Como bem se viu ontem, no concerto na «Cidade da Música»...

O Cheff

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